terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Leituras, Evangelho, Comentários- Quarta-feira, dia 16 de Janeiro de 2008


Livro de 1º Samuel 3,1-10.19-20.

O jovem Samuel servia o Senhor sob a direcção de Eli. O Senhor, naquele tempo, falava raras vezes e as visões não eram frequentes.
Ora certo dia aconteceu que Eli estava deitado, pois os seus olhos tinham enfraquecido e mal podia ver.
A lâmpada de Deus ainda não se tinha apagado e Samuel repousava no templo do Senhor, onde se encontrava a Arca de Deus.
O Senhor chamou Samuel. Ele respondeu: «Eis-me aqui.»
Samuel correu para junto de Eli e disse-lhe: «Aqui estou, pois me chamaste.» Disse-lhe Eli: «Não te chamei, meu filho; volta a deitar-te.»
O Senhor chamou de novo Samuel. Este levantou-se e veio dizer a Eli: «Aqui estou, pois me chamaste.» Eli respondeu: «Não te chamei, meu filho; volta a deitar-te.»
Samuel ainda não conhecia o Senhor, pois até então nunca se lhe tinha manifestado a palavra do Senhor.
Pela terceira vez, o Senhor chamou Samuel, que se levantou e foi ter com Eli: «Aqui estou, pois me chamaste.» Compreendeu Eli que era o Senhor quem chamava o menino e disse a Samuel:
«Vai e volta a deitar-te. Se fores chamado outra vez, responde: «Fala, Senhor; o teu servo escuta!» Voltou Samuel e deitou-se.
Veio o Senhor, pôs-se junto dele e chamou-o, como das outras vezes: «Samuel! Samuel!» E Samuel respondeu: «Fala, Senhor; o teu servo escuta!»
Samuel ia crescendo, o Senhor estava com ele e cumpria à letra todas as suas predições.
Todo o Israel, desde Dan até Bercheba, reconheceu que Samuel era um profeta do Senhor.


Livro de Salmos 40(39),2-5.7-8.8-9.10.

Invoquei o SENHOR com toda a confiança; Ele inclinou-se para mim e ouviu o meu clamor.
Tirou-me dum poço fatal, dum charco de lodo; assentou os meus pés sobre a rocha e deu firmeza aos meus passos.
Ele pôs nos meus lábios um cântico novo, um hino de louvor ao nosso Deus. Muitos, ao verem isto, hão-de comover-se, hão-de pôr a sua confiança no SENHOR.
Feliz o homem que confia no SENHOR e não se volta para os idólatras, para os que seguem a mentira.
Não quiseste sacrifícios nem oblações, mas abriste-me os ouvidos para escutar; não pediste holocaustos nem vítimas.
Então eu disse: «Aqui estou! No Livro da Lei está escrito aquilo que devo fazer.»
Então eu disse: «Aqui estou! No Livro da Lei está escrito aquilo que devo fazer.»
Esse é o meu desejo, ó meu Deus; a tua lei está dentro do meu coração.
Anunciei a tua justiça na grande assembleia; Tu bem sabes, SENHOR, que não fechei os meus lábios.


Evangelho segundo S. Marcos 1,29-39.

Saindo da sinagoga, foram para casa de Simão e André, com Tiago e João.
A sogra de Simão estava de cama com febre, e logo lhe falaram dela.
Aproximando-se, tomou-a pela mão e levantou-a. A febre deixou-a e ela começou a servi-los.
À noitinha, depois do sol-pôr, trouxeram-lhe todos os enfermos e possessos,
e a cidade inteira estava reunida junto à porta.
Curou muitos enfermos atormentados por toda a espécie de males e expulsou muitos demónios; mas não deixava falar os demónios, porque sabiam quem Ele era.
De madrugada, ainda escuro, levantou-se e saiu; foi para um lugar solitário e ali se pôs em oração.
Simão e os que estavam com Ele seguiram-no.
E, tendo-o encontrado, disseram-lhe: «Todos te procuram.»
Mas Ele respondeu-lhes: «Vamos para outra parte, para as aldeias vizinhas, a fim de pregar aí, pois foi para isso que Eu vim.»
E foi por toda a Galileia, pregando nas sinagogas deles e expulsando os demónios.

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África) e doutor da Igreja
Discurso sobre o Salmo 85

“Retirou-Se para um lugar deserto para orar”



Deus não podia ter dado aos homens dom maior do que o Seu Verbo, a Sua Palavra, por meio do qual criou todas as coisas. Fez Dele chefe dos homens, quer dizer, sua cabeça, e dos homens Seus membros (Ef 5, 23; 30), para que Ele fosse, ao mesmo tempo, Filho de Deus e Filho do homem: um só Deus com o Pai, um só homem com os homens. Presenteou-nos com esse dom a fim de que, ao falarmos com Deus na oração, não separássemos Dele o Filho, e para que, ao rezar, o corpo do Filho se não separasse do seu chefe – para que Ele fosse o único Salvador do Seu corpo, Nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, que simultaneamente reza por nós, reza em nós e é rezado por nós.

Reza por nós como nosso sacerdote, reza em nós como nosso chefe, como cabeça do corpo, é rezado por nós como nosso Deus. Reconheçamos, pois, as nossas palavras Nele e as Suas palavras em nós. […] Ele não hesitou em Se unir a nós. Toda a criação Lhe está sujeita, porque toda a criação foi feita por Ele: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. […] Tudo começou a existir por meio Dele, e sem Ele nada foi criado.” (Jo 1, 1 ss.) […] Mas se, a seguir, ouvimos nas Escrituras a voz do mesmo Cristo gemendo, rezando, confessando, não hesitemos em Lhe atribuir estas palavras. Contemplemos Aquele que “era de condição divina” tomar “a condição de servo, tornando-Se semelhante aos homens”, humilhando-se “a Si mesmo, feito obediente até à morte” (Fil 2, 6 ss.). Oiçamo-Lo, suspenso da cruz, tornar sua a oração de um salmo. […] Nós rezamos a Cristo, pois, na Sua condição de Deus, e Ele reza na Sua condição de servo; de um lado, está o Criador, do outro, um homem unido à criação, formando um só homem connosco – a cabeça e o corpo. Rezamos-Lhe, pois, e rezamos por Ele e Nele.




SANTO DO DIA- Quarta-feira, dia 16 de Janeiro de 2008


S. Berardo, presbítero, e companheiros, mártires, +1220,


Em 1219, S. Francisco de Assis enviou em missão para Marrocos seis dos seus mais destemidos frades menores, apaixonados do Evangelho, precursores de todos os missionários portugueses, lançados ao mar tenebroso e à conquista dos povos para Cristo obedecendo ao mandato do Infante de Assis em serviço do Rei dos reis, Jesus Cristo. E lá foram os obedientes frades de origem italiana: Vital, Berardo, Otão (sacerdotes), Pedro (Diácono), Acúrsio e Adjuto (Leigos).
Foram recebidos em Coimbra pela rainha D. Urraca, mulher de Afonso II que então reinava em Portugal. Continuaram para Alenquer onde se apresentaram à infanta D. Sancha, filha de D. Sancho primeiro e irmã do rei D. Afonso II, fundadora do primeiro convento franciscano em Portugal.
Seguiram viagem e depois de passarem em Lisboa, chegaram a Sevilha. Aí ficaram uma semana, finda a qual foram à mesquita, precisamente no dia em que os mouros festejavam Maomé e começaram a pregar a doutrina de Jesus e denunciando que o profeta Maomé não passava de uma idolatria. Corridos à pancada para fora da mesquita, passaram a Marrocos, onde começam a percorrer as ruas pregando o nome de Jesus e, quando vêem aproximar-se o Miramolim Aboidil, com mais ânimo continuaram a proclamar a mensagem cristã. O Miramolim mandou-os prender e ficaram numas masmorras vinte dias sem comer nem beber.
Uma vez libertos, apressaram-se em retomar a sua missão. Decretada mais uma vez a sua morte, o Sultão encarrega o seu filho Abosaide de os prender e decapitar. É chegado então, e definitivamente o momento tão desejado por estes frades, finalmente o martírio pelo nome de Jesus iria por fim acontecer. Foi realmente uma morte violenta a destes cinco frades. São açoitados e, atados de mãos e pés, arrastam-nos de um lado para o outro com cavalos em seguida, sobre seus corpos descarnados deixam cair azeite a ferver, continuando depois a arrastá-los pelo chão mas desta vez sobre vidros e cacos espalhados pelo chão. O Miramolim ainda os tentou com dinheiro e mulheres. Mas não havia nada a fazer e o miramolim dizia então que só a espada poderia calar aqueles homens decididos e firmes no que diziam. “O nossos corpos miseráveis estão nas tuas mãos sob a tua autoridade, mas as nossas almas estão nas mãos de Deus. Com a sua ira no limite, o miramolim pegou na sua cimitarra a acabou com a vida daqueles cinco frades, rachando-lhes o crânio ao meio e depois decepando-lhes as cabeças. Era o ano de 1220. Cedo acabou a tarefa missionária daqueles cinco frades, mas a sua voz continua a ecoar por toda a terra e a sua mensagem até aos confins do mundo.
Os Mártires de Marrocos foram canonizados pelo Papa Sisto IV em 1481.


S. Marcelo I, papa mártir ,+309

Nasceu em Roma. Foi eleito aproximadamente 4 anos depois da morte de Marcelino, devido às terríveis condições em que viviam os cristãos perseguidos por Diocleciano.
Durante o brevíssimo tempo do seu pontificado ditou alguma normas importantes. A primeira proibia a convocação de qualquer concílio geral sem a autorização do papa de Roma. A segunda estabelecia as modalidades a respeitar nos casos em que se concedia o perdão aos cristãos que tinham abjurado por medo durante as perseguições.
Marcelo negou-se a oferecer sacrifícios aos ídolos. O novo imperador, Magêncio, mandou prendê-lo e condenou-o a servir nos estábulos imperiais com o objectivo de o humilhar.
Morreu de privações e humilhações. Sepultaram-no no cemitério de Priscila.


JUSTIFICATIVA

Peço perdão por ter me ausentado por alguns dias, são os compromissos durante o período de férias!!! Mas agora estou retornando e continuarei a postar algo diariamente!!! Em Cristo Jesus, Sem. Fernando do Vale